(Foto em destaque-vitima)
A defesa de Nanam som, suposto responsável pelo acidente que matou o entregador de delivery, Isaac Goes Lopes, de 25 anos, após colidir o veículo na moto do rapaz, concedeu uma entrevista à jornalista Rafaela Rodrigues e deu declarações sobre o dia do ocorrido.
O acidente aconteceu no dia 10 de novembro, na BA-120, zona urbana de Conceição do Coité, região sisaleira, mas, o suspeito se entregou à polícia nesta quinta-feira (22), nove dias após a tragédia.
A jornalista questionou ao advogado de Nanam, Leonardo Guimarães por que o homem demorou para se entregar as autoridades.
Advogado Leonardo Guimarães- Foto- Raimundo Mascarenhas
“Atendendo a intimação da delegacia, ajustamos uma data para que ele fosse ouvido, tudo dentro da mais absoluta normalidade que o caso exige”, disse o advogado.
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Leonardo culpou as condições da pista, local do fato.
“Com todo respeito e consideração a dor da família enlutada, infelizmente o que aconteceu foi uma terrível fatalidade, um acidente que decorreu das péssimas condições da pista, com buracos enormes que, ao longo dos anos, já custaram a vida de tantos homens e mulheres de bem. É preciso que os que estão a frente da Administração Pública entendam que a ausência de manutenção adequada tem um custo humano irreparável”, falou.
Em depoimento, Nanam afirmou que ele declarou que não estava ingerindo bebida alcoólica no momento do acidente. No entanto, os áudios obtidos pela jornalista revelaram que Nanam teria dito a Isaac que estava em um bar no município..
“Definitivamente o acidente não foi causado em razão de ingestão de bebidas alcoólicas… o acidente ocorreu logo após a radar, exatamente onde há verdadeiras crateras, em curso de velocidade reduzida. A tragédia, infelizmente, aconteceu muito por conta das más condições da pista”, diz a defesa.
Segundo relatos de parentes de Isaac, ele e o suposto autor eram amigos íntimos. Perguntamos ao advogado o motivo da omissão de socorro e o mesmo informou que o assunto não foi tratado com o cliente, mas, possivelmente, estava abalado com a situação, se retirando do lugar.
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Por fim, Leonardo Guimarães afirmou que o cliente não ficou preso, pois, não havia um mandado de prisão contra ele e reafirma que Nanam alega inocência, pois, se tratou de um acidente.
“Infelizmente essas tragédias acontecem com frequência em razão do verdadeiro abandono das nossas vias rodoviárias”, finaliza.
Redação