Há 23 anos, o presidente da Câmara de Vereadores de Conceição do Coité, José Jailmo Pereira Gomes, conhecido como Nego Jai, convive com uma doença não contagiosa chamada de vitiligo.
A principal característica do Vitiligo é a presença de manchas claras que surgem na pele devido à falta de melanina, o pigmento que dá cor à pele. A doença não tem cura.
O que pouca gente sabe é que Nego Jai teve poucas e boas experiências devido às marcas na aparência.
A descoberta
Em 2003, Nego Jai viajou a passeio e, ao tomar um banho, percebeu uma mancha branca na cabeça, lábios e dedos.
“Retornei dessa viagem e fui ao dermatologista que deu o diagnóstico de que eu estava com vitiligo”, relata.
O vereador disse que a notícia foi recebida com surpresa, mas, ao invés de se abater, Nego Jai começou a estudar e passou a conversar com outras pessoas que também tinham a patologia.
“Diante disso, encarei naturalmente e hoje até me sinto lisonjeado, porque se minha pigmentação voltasse, seria estranho para mim. Sou um cara diferenciado perante a sociedade”, afirma.
A causa
Nego Jai informou à jornalista Rafaela Rodrigues que os especialistas constataram que ele desenvolveu vitiligo devido à ansiedade.
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“Minha ansiedade foi tão forte que os anticorpos metralharam as células que produzem a melanina. A partir disso, comecei a fazer terapia e, quando percebo que estou com ansiedade, faço atividades para distrair”, disse.
O preconceito
De acordo com Nego Jai, diversas pessoas já proferiram comentários preconceituosos devido à sua condição de portador de vitiligo.
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“Já me chamaram de pintado, dálmata, barata pintada, entre outras palavras com objetivo de me atingir”, comenta.
Ele garante:
“Vivo muito bem e minha única preocupação é com a exposição ao sol. Quando chegam essas discriminações, rebato educadamente, pois essas palavras não feriram e não vão ferir minha autoestima”, enfatiza.
Ele afirmou ainda que conhece diversas pessoas que possuem vitiligo e as orienta.
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“Qualquer discriminação racial é crime. Procurem os direitos constitucionais. Temos que bater na porta da justiça! A sociedade tem que nos aceitar da maneira que somos”, finaliza.
Saiba mais sobre o vitiligo no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia:
Redação
Foto destaque: Arquivo Pessoal
Fotos no interior da reportagem: Raimundo Mascarenhas/ Calila Noticias