Após a repercussão da reportagem sobre um suposto investidor da bolsa de valores suspeito de lesar cerca de 300 clientes em Conceição do Coité, identificado pelas iniciais W.S., o homem se pronunciou por meio de mensagens enviadas ao Portal Raízes, após pedido de retorno da nossa equipe nesta quinta-feira (14). Os prejuízos podem ultrapassar R$ 65 milhões.
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Questionado sobre o motivo de os pagamentos não serem efetuados há alguns meses, W.S. afirmou, por meio de aplicativo de mensagens, que um novo cronograma foi elaborado para iniciar a quitação dos valores. No entanto, ele não informou prazos ou datas exatas para o cumprimento da promessa.
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Em contrapartida, três denunciantes ouvidos pela reportagem relataram que o suspeito vem utilizando esse mesmo discurso e promessa há meses, sem apresentar resultados concretos.
“Tem gente que ele não paga desde fevereiro e a maioria escuta sempre a mesma história de que existe um cronograma, mas nada é resolvido e o dinheiro investido não é devolvido”, disse um dos entrevistados.
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Questionado diretamente sobre a origem dos valores e a demora na devolução, W.S. respondeu de forma breve:
“Não fugir e não roubei ninguém. Venho respondendo a todos os clientes.”
Apesar dessa afirmação, áudios atribuídos ao próprio suspeito e que circulam nas redes sociais indicam que o escritório que ele mantinha no centro da cidade foi fechado. Além disso, ele e familiares teriam deixado Conceição do Coité alegando estarem recebendo supostas ameaças.
No conteúdo das mensagens de voz, o homem afirma que sua saída do município teria ocorrido por recomendação médica, devido a questões de saúde.
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Ele alega ainda que não houve roubo ou golpe e que está trabalhando para resolver todos os pagamentos:
“Sei que todos estão chateados e apreensivos, e têm toda razão. Acredito que este áudio vá viralizar como mais uma promessa não cumprida, mas peço paciência, compreensão e perdão pelos transtornos que causamos”, declarou W.S. em um dos áudios.
Por fim, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação. O suposto crime é classificado como estelionato, cuja apuração depende de representação formal das vítimas na Delegacia.
Redação
Foto: Ilustrativa