O músico Edson Bernardo de Lima, conhecido como Café, de 69 anos, ex-integrante do grupo Raça Negra, faleceu em um hospital de São Paulo após ser encontrado desacordado em uma rua da zona leste da capital.
Segundo informações preliminares da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Café foi localizado desacordado em uma calçada no domingo (1º/6) e levado inicialmente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Carrão. Posteriormente, foi transferido para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde acabou não resistindo. Familiares reconheceram o corpo no Instituto Médico Legal (IML) Leste.
Abalada, a amiga pessoal de Café, identificada apenas como Xenia, lamentou profundamente a perda.
“Estou arrasada! Tinha muito amor e carinho por Edson”, disse emocionada à repórter Rafaela Rodrigues.
A jornalista Rafaela, natural de Conceição do Coité, que foi produtora da Record TV, produziu há quatros junto á equipe, um documentário exibido no programa Câmera Record, possivelmente um dos únicos da TV brasileira, retratando a luta de Edson contra a dependência química. Na ocasião, após meses de buscas e com a ajuda de uma amiga do músico, a equipe conseguiu localizá-lo no Rio de Janeiro. Mais tarde, de volta a São Paulo, Rafaela reencontrou Café em um terreno baldio, consumindo drogas com outras pessoas.
Apesar do forte desejo de retornar à música, Café permaneceu em situação de rua. A amiga Xenia chegou a construir um quarto em sua residência para acolhê-lo, oferecendo apoio e abrigo, mas o músico não conseguiu se desvincular da dependência.
O vocalista do Raça Negra, Luiz Carlos, também prestou auxílio a Café diversas vezes ao longo dos anos. No entanto, Edson sempre acabava retornando ao uso de entorpecentes, o que dificultou sua recuperação.
Redação